Elementos de Valor — o mapa para negócios inesquecíveis

No mercado atual, onde produtos e serviços se tornam rapidamente comparáveis, surge um desafio inevitável: como, de fato, gerar valor?

Valor que não seja só preço, nem só conveniência — mas algo que faz seu cliente escolher você, voltar e recomendar.

Esse mês, queremos compartilhar com vocês um conceito que tem nos provocado muito aqui na Bloom: os Elementos de Valor, uma ferramenta que ajuda empresas a entender o que as pessoas realmente valorizam — e como transformar isso em estratégia, experiência e crescimento.

 

O que são os Elementos de Valor?

E por que entender isso pode transformar seu negócio

Desenvolvido pela Bain & Company, o modelo dos Elementos de Valor organiza aquilo que as pessoas consideram valioso em 30 atributos universais, distribuídos em quatro níveis:

Impacto Social

Ir além do indivíduo, contribuindo com causas, comunidade ou o planeta.

Mudança de Vida

Ajudar a pessoa a se sentir realizada, motivada, mais capaz ou reconhecida.

Emocional

Gerar conforto, segurança, prazer, bem-estar e reduzir ansiedade.

Funcional

Resolver problemas concretos: economizar tempo, reduzir custos, simplificar tarefas.

Na prática, isso significa que toda empresa, seja uma cafeteria, uma startup ou uma multinacional, oferece (ou deveria oferecer) uma combinação desses elementos — e é isso que diferencia negócios que simplesmente entregam um serviço daqueles que constroem relações de longo prazo com seus clientes.

O que os dados mostram?

A pesquisa com mais de 10 mil consumidores apontou um padrão claro:

  • Empresas que oferecem quatro ou mais elementos de valor têm, em média, um crescimento de receita 4 vezes maior.

  • Também possuem clientes até 20 vezes mais leais, com NPS muito mais alto.

O mais relevante?

Valor não é subjetivo nem invisível.

É possível desenhar produtos, serviços e experiências pensando de forma intencional em quais elementos você quer entregar — e isso impacta diretamente na sustentabilidade e no crescimento do seu negócio.

Como aplicar no seu contexto?

Três passos para transformar esse conceito em prática estratégica:

1. Mapeie o valor que você já entrega

Comece olhando para sua própria operação. Pergunte-se (e pergunte aos seus clientes):

– Que problema real resolvemos?
– Que sensação nosso serviço gera?
– Existe algum aspecto da experiência que as pessoas valorizam, mas que nunca formalizamos?

Muitas vezes, o diferencial já existe — só não está claro na sua proposta.

2. Encontre as lacunas — e as oportunidades

Você entrega bem no funcional, mas falta gerar conexão emocional?

Se apoia no impacto social, mas a jornada do cliente é burocrática e desgastante?

Olhar para os 30 elementos permite identificar exatamente onde a sua proposta de valor pode (e deve) ser fortalecida.

3. Use como bússola para decisões estratégicas

Cada novo serviço, ajuste operacional ou campanha pode — e deve — ser pensado assim:

– Que elementos de valor isso ativa?
– Está alinhado ao que nossos clientes realmente valorizam?
– Estamos fortalecendo nosso diferencial ou apenas acompanhando a média do mercado?

Empresas que fazem isso de forma deliberada constroem propostas mais robustas, coerentes e memoráveis.

Exemplos além da teoria

  • Na hotelaria:

    Um hotel que agiliza o check-in (reduz esforço), oferece amenities locais (conecta e encanta) e adota práticas sustentáveis (impacto social) entrega muito mais do que hospedagem — entrega valor em múltiplas camadas.

  • No varejo:

    Uma loja que oferece troca fácil (evita aborrecimento), atendimento consultivo (gera confiança) e promove marcas independentes (gera pertencimento e propósito)tem uma proposta muito mais forte.

  • No B2B:

    Consultorias, softwares ou serviços corporativos que ajudam empresas a organizar, reduzir riscos e gerar clarezaestão ativando valor funcional — mas podem ir além, gerando também tranquilidade, confiança e sensação de progresso.

Para quem quer se aprofundar, vale conferir o modelo completo dos Elements of Value da Bain & Company.

 
 

Tendência em Foco

Vender autenticidade é — cada vez mais — o que gera valor

Com a chegada das férias de julho, o comportamento de consumo muda — e não apenas para quem trabalha com turismo, lazer ou entretenimento.

Quando as pessoas saem da rotina, surgem novas demandas, novos desejos e uma predisposição maior para viver experiências que façam sentido — seja numa viagem, num restaurante, numa compra, num serviço ou até numa relação profissional.E é nesse contexto que vale olhar com atenção para o que essa campanha que a cidade de Oslo, Noruega fez, que começa com a frase provocadora: “Eu não viria aqui, para ser honesto.”

Num tom irônico e despretensioso, o vídeo quebra todos os clichês das campanhas de turismo e, justamente por isso, virou um case global de sucesso. Porque ele acerta exatamente no ponto: as pessoas estão exaustas de promessas genéricas, roteiros previsíveis e discursos fabricados. O que gera desejo hoje é autenticidade, simplicidade e conexão real.

Por que isso importa para qualquer negócio?

Porque essa busca não está restrita às férias ou ao turismo. Ela se reflete no comportamento de quem compra, contrata, consome e escolhe — em qualquer contexto.

O que isso nos ensina?

– Que marcas que se posicionam de forma mais humana, real e menos padronizada criam vínculos mais fortes — seja oferecendo uma viagem, um café, um software ou uma consultoria.
– Que, especialmente em períodos em que as pessoas saem da rotina — como nas férias —, cresce o desejo por experiências leves, descomplicadas, espontâneas e que façam sentido.
– Que existe uma oportunidade estratégica para qualquer negócio se perguntar: o que torna minha entrega verdadeiramente desejável? O que me diferencia além do produto ou serviço em si?

A lição é clara: autenticidade é um elemento de valor que atravessa setores, sazonalidades e tamanhos de negócio.

O que sua marca tem de verdadeiramente único? E como isso pode ser comunicado e entregue de forma clara, simples e encantadora — nas férias, na volta delas e no cotidiano?

 

Vamos conversar?


Na Bloom, acreditamos que negócios fortes são aqueles que entendem, de verdade, o que entregam para o mundo — e que fazem disso uma experiência viva, consistente e memorável.

Se você sente que sua proposta de valor precisa ser fortalecida, se sua experiência ainda não traduz o que você quer construir, ou se quer entender como criar mais conexão e relevância para sua marca, conte com a gente.

Me escreve. Vai ser um prazer pensar nisso com você.

Um abraço,
Marina

 
 
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O que a gente aprende quando segue em frente?